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Rondonistas despediram-se de Tocantins depois de duas semanas de trabalho voluntário

Em cerimônia realizada no Palácio Araguaia, sede do governo de Tocantins, rondonistas da UEL e de todo o Brasil se despediram da experiência como parte da equipe do Projeto Rondon. Foram dezessete dias de viagem, treze deles no município de Marianópolis do Tocantins, realizando trabalho voluntário junto à população da cidade.

Nos dias passados na pequena cidade de 4.352 habitantes (segundo dados do IBGE), os rondonistas tiveram a oportunidade de vivenciar a realidade do interior da região Norte, ver as dificuldades e os privilégios de uma população bem brasileira.

Além da oportunidade de ministrar palestras e oficinas em suas áreas de estudo - o que proporcionou a toda a equipe uma rica experiência profissional -, a mais doce recompensa ganha com as atividades exercidas foi o contato com as pessoas, as conversas, o riso das crianças, as histórias dos mais vividos. Foi uma viagem de personagens que ficarão para sempre na memória de cada rondonistas. Pensonagens como Matã, um garoto morador do assentamento Piracema que foi o xodó de grande parte da equipe envolvida com a recreação, e como Dona Lídia, a experiente poetisa que contagiou a todos com sua arte e seu sorriso.

Nós, rondonistas, tivemos o privilégio de enriquecer nossas memórias com todos os momentos vividos no Tocantins, a lembrança das pessoas que conhecemos e que confiaram a nós um pouco de suas histórias e se dispuseram a parar suas atividades para ouvir o que tínhamos a dizer.

A maior dificuldade enfrentada em Marianópolis foi chamar a população para participar das atividades e convencer a todos que o que tínhamos a mostrar seria para o benefício deles. Em ano de eleição, também foi difícil mostrar à população que o Projeto Rondon não estava lá para fazer política, que as atividades não tinham vínculo algum com as campanhas políticas que começavam a acontecer.

Como rondonista, posso dizer que apesar de não termos atendido as multidões que muitos de nós sonhávamos em poder alcançar, os rostos das pessoas e o saber que pudemos ser úteis mesmo para os pequenos grupos que estiveram presentes nas atividades foi a grande recompensa do Projeto Rondon para nossas vidas. Só temos a agradecer pela oportunidade que nos foi dada, agradecer à população de Marianópolis por tão bem ter nos recebido, aos amigos da Universidade Metodista de São Paulo pela parceria na realização das atividades, aos militares do 22º Batalhão de Infantaria pela recepção e a organização em nos receber.

O Projeto Rondon trouxe para nossas vidas um crescimento impossível de expressar em palavras. Esperamos que os textos e fotos publicados por nós durante a viagem, assim como nossos relatos, inspirem muitos outros alunos da UEL e de todo o Brasil a buscar nesse Projeto um crescimento pessoal. Valeu a pena! E, como dizia a grito de guerra que nossa equipe criou para apresentar na cerimônia de encerramento: “Para sempre no coração. Isso é Rondon”.



Mariana Mortari
3º ano de Comunicação Social – Jornalismo – UEL
Rondonista da UEL em Marianópolis do Tocantins

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